III Ciclo de Estudos do GPCOR
Religião e Política: reflexões ontológicas e teológicas
UFS, 28 e 29 nov. 2018

Proposta de Comunicação

PROPONENTE

Gilmar Araújo Gomes
Mestre em Ciências da Religião (2017) pela Universidade Federal de Sergipe
Currículo Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.br/2294155981192457>

TÍTULO DA COMUNICAÇAO

O Princípio Protestante em Paul Tillich como reflexão ao panorama político do Brasil atual.

EMAIL DO PROPONENTE

gilmararaujo@gagomes.com

RESUMO DA PROPOSTA

A comunicação proposta partiu do entendimento do conceito de “Princípio Protestante”, como categoria inaugurada pelo teólogo-filósofo Paul Tillich (1886-1965) em inícios do século XX, para fazer considerações preliminares sobre o estado de coisas vigentes no quadro político do Brasil em nossos dias. Sabidamente, nosso país vivencia o amalgamento de diversas intencionalidades ideológicas, materializadas nas mais variadas correntes políticas. O debate público manifesta-se empolgante e não pouco exagerado nas afirmações de posição e sustentações autoconfiantes das muitas correntes. Acrescente-se a isto o elemento moralizante que pauta os discursos, de alguma forma fermentado pelas denominações religiosas, principalmente protestantes e romanistas, que insuflam as reflexões com seus reclames messiânicos. É neste cenário de inclinações difusas que surge a necessidade de se encontrar uma ferramenta metodológica de análise e avaliação dos grupamentos religiosos que estão se somando a esta caudalosa dinâmica de fé pública, na arena política. Notadamente, o Princípio Protestante, trazendo em si um germe de inquietação da realidade, e somando a ideia paulina de justificação ao misticismo luterano, propõe um compromisso de fé, observando os eventos particulares da história dos homens para encontrar o elemento universal que se manifesta na figura de Jesus como o Cristo. Tal reflexão encontrou nesta leitura tillichiana da realidade aqui exposta uma motivação específica: considerar se uma tal abordagem se coaduna com os tempos vividos no Brasil, o que a habilitaria para ser qualificada como ferramenta de análise útil às ciências da religião, estabelecendo uma interdisciplinaridade entre teologia e política.